Durante a Era Áurea, as florestas de Aester já sofriam as depredações do progresso. Tudo que restara da Grande Floresta Este, que ia desde a distante Anatólia até à sombra dos montes Galeivianos foram alguns Hectares de bosques reais e pomares. A Floresta Obscura que encobria toda a Teudônia foi reduzida a um pequeno núcleo, que só era poupado porque ela era – e sempre foi – considerada amaldiçoada por monstros, fadas e elfos. Todas as grandes florestas foram severamente reduzidas, ao ponto de que grandes nações como Valesia, Astúria e Galei importavam ou extraiam sua madeira de outras partes do mundo. As florestas que restavam eram defendidas ferozmente pelas criaturas da floresta, principalmente elfos e gnomos, que barravam com todas as forças o desenfreado e destrutivo progresso humano que em nada tinha na consciência em poupar a natureza, como uma vez haviam tido.
Após a Guerra Final, muito do que restava da natureza foi destruído ou corrompido. Se não fosse a intervenção do corte Seelie da fadas, Aester seria hoje um deserto árido e inóspito, com apenas alguns focos de natureza corrupta e estagnada. De Elfhamme, os elfos trouxeram vastas quantidades de verde e magia para rapidamente curar e proliferar a natureza em Aester novamente. Os elfos vieram em massa para Aester, dispostos a transformá-la em algo mais semelhante a Elfhamme, sua terra natal. Quanto aos humanos, os elfos pretendem tomá-los como alunos do caminho correto a se trilhar, mas até que aprendam tudo, eles estão proibidos de gozar totalmente dos prazeres que a natureza tem a oferecer.
Muitos humanos se agarraram aos ensinamentos élficos com afinco, o resultado foi que hoje existem muitas comunidades mistas de humanos e elfos dentro das agora vastas florestas de Elfhamme, inclusive toda uma nação de humanos e meio-elfos surgiu sob a filosofia élfica. A verde nação de Corellion.
Mas nem tudo foram flores, os vizinhos de Elfhamme se encontram invejosos dos elfos e daqueles que eles chamam de “amantes de elfos”. Toda aquele tesouro verde é essencial para a reconstrução da humanidade, no entanto os elfos se recusam a partilhar toda a vasta floresta, fazendo a humanidade tendo que se contentar com pedaços insuficientes de verde daquela vastidão, ou os bosques definhados e fedorentos existentes dentro de seus próprios territórios. Estas nações resistem ao máximo em absorver a influência élfica e buscam por meios de conseguirem expulsar os elfos da floresta que um dia foram de seus antepassados, e um dia, assim eles esperam, voltará a ser deles. Coro, Galei e Irine são as nações que mais se ressentem com os elfos desta maneira.
Outro grande oponente de Elfhamme e sua filosofia é a poderosa nação humana de Al-Hazad. Estes invasores e colonos do oriente dominam quase metade de Aester. Muitas nações Asterianas jazem hoje subjulgadas sob o domínio de Al-Hazad, sendo Asturia, Cartália e Anatólia as principais. Al-Hazad tem muito interesse em possuir as vastas florestas mágicas de Elfhamme e arredores e em capturar os próprios elfos para comercializá-los como escravos, declarando assim guerra aos elfos para conquistar o que eles veem como seu por direito. Mas eles subestimaram os elfos e tiveram derrotas estrondosas uma atrás da outra. A campanha de conquista a Elfhamme foi um fracasso vergonhoso, mas antes que se tornasse um desastre para Al-Hazad eles negociaram uma paz com Elfhamme. Na realidade, Al-Hazad ainda se opõe a Elfhamme, agora de forma indireta. Grupos de aventureiros, mercenários e empreiteiros são contratados por Al-Hazad para trazer madeira de Elfhamme e escravos. Al-Hazad aprendeu da pior maneira que capturar um elfo para a escravidão podem ter consequências terríveis pelas mãos da família do capturado enfurecida, mas a mesma retaliação não ocorre quando os escravagistas capturam meio-elfos, e é por isso que esta raça virou alvo principal dos caçadores de cabeças contratados pelos Hazadi.
Aester Noroeste é uma região de inúmeros contrastes. Luxuriantes e belas áreas verdes e um estilo de vida mágico e, aparentemente, pacífico se avizinham a terras pobres açoitadas por um grande cataclismo. Um local onde três culturas completamente distintas se chocam e tentam dominar umas a outras. Onde todos querem o grande prêmio verde e se acham no direito de reivindicá-la para si. Àqueles que ouvem falar de Aester Noroeste, dos elfos e florestas, chama o local de paraíso dentro do inferno. Mas apenas aqueles que vivem no assim chamado paraíso podem constatar é o fato de que este paraíso... ainda é o inferno. Um Inferno Verde.
Facções do Inferno Verde
Corte de Elfhamme: Organização mista de Gnomos, Fadas, Meio-Elfos e, principalemente, Elfos. A Corte de Elfhamme tem como objetivo espalhar a cultura élfica em Aester, regenerar as terras devastadas pela Tempestade e afirmar a supremacia elfica no continente.
Corte de Esmeraldas: Comunidade composta principalmente de gnomos e fadas. Reclusos e tímidos, esta organização é a mais antiga da região, e são peritos em defender seu território e se manter invisível ao fazê-lo.
Povos Independentes da Floresta Obscura: Comunidades independentes da floresta obscura que adotaram total ou parcialmente a filosofia élfica e, por isso, são tolerados pelos mesmos na grande floresta.
Nação do Povo de Corellion (NPC): Nação composta de comunidades semi-independentes de humanos que adotaram a filosofia élfica. Corellion é onde há a maior comunidade de meio-elfos de Aester – e de elfos fora de Elfhamme.
Ministério da Exploração de Irine: O ministério da Exploração de Irine mandam delegações de exploradores e extrativistas a Elfhamme para realizar “estudos e outras atividades extrativistas”, sendo na realidade pouco mais que mercenários extrativistas enviados pela República em busca de recursos.
Escravagistas Hazadi: Organização especializada na procura e captura de meio-elfos de Elfhamme para o mercado de escravos. Oriundos de vários locais, a maioria não admite que trabalham para Al-Hazad.
Extrativistas Hazadi: Organização que funciona da mesma forma e voracidade que os escravagistas, mas seu objetivo é a extração de madeira e instalação de campos madeireiros.
Bando Verde: Organização de Homens e mulheres que vivem da floresta. Decididos a serem o braço armado em defesa do Inferno Verde e de seus habitantes. O Bando verde não se diz associado com nenhuma outra organização. Defendendo todos seus habitantes contra elfos e humanos com força igual.
Al-Amaranth: Como parte da negociação de paz, um Califa Hazadi chamado Amaranth comprou uma estreita faixa de terra cultivável de Corellion, para isso, concordou em nunca formar um exército, nem ambicionar interesses fora da terra adquirida. Al-Amaranth existe como mais um marco vergonhoso para Al-Hazad, mas é um porto de neutralidade seguro no meio de tantas facções conflitantes na região.
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