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domingo, 25 de agosto de 2013

Os Titãs Ancestrais


A religião dos anões em Erdéria é voltada ao culto de seus ancestrais, cada ancestral herdando uma forte característica de um dos quatro Grandes Ancestrais da raça Anã.

Assim como os anões, os gigantes veneram seus ancestrais, mas diferente do Povo Duro, os gigantes veneram apenas seus primeiros ancestrais, mas especificamente aqueles que se supõem serem os primeiros de cada tipo de gigante existente. Alguns morreram no decorrer do tempo, outros desapareceram, mas dizem que uns ainda vivem em palácios extraordinários. Seja como for, vivo, morto ou desaparecido, esses Titãs Ancestrais protegem toda a raça gigante, em particular os gigantes que deram origem.

Os titãs ancestrais dos gigantes tem uma relação direta com os Deuses da raça humana, pois no início da Era mítica humana, quando os deuses ainda vagavam de vez em quando em Erdéria, A raça dos gigantes, liderados pelo mais poderoso de todos - o titã Polifemo, desafiaram os deuses numa batalha titânica que teve grandes consequências para deuses e gigantes. Apesar de vitoriosos, os deuses estavam muito enfraquecidos e tiveram que se retirar para o Primeiro Mundo. Os Titãs Ancestrais ou foram punidos pela sua rebelião, os gigantes que uniram forças aos deuses, foram recompensados.

Os primeiros gigantes, e os gigantes mais antigos que ainda vivem no Primeiro Mundo, são chamados de Titãs. Dizem que o mundo terminará quando os Titãs se libertarem de suas prisões, e desafiarem a humanidade pela supremacia no mundo.

Abaixo, a descrição e história dos principais Titãs Ancestrais dos gigantes, e as raças que eles originaram.

Utgard: Poderoso titã feiticeiro, poderia assumir várias formas e tamanhos e era famoso por suas habilidades de combate e por já ter enganado vários deuses do norte, entre eles Loki, o próprio deus da trapaça. É por esta façanha em particular, que muitas vezes Utgard é conhecido como Utgard-Loki. Apesar de ser famoso por aplicar elaboradas trapaças, todas elas visam dar para suas vítimas uma lição de vida, para que elas percebam o erro de suas escolhas atuais, ou para lhes mostrar um novo caminho. Mesmo assim, caso isso tudo falhe, ainda serve como uma boa punição. Utgard é o mais fraco dos Titãs Ancestrais e não havia nascido quando ocorreu a rebelião de Polifemo, por isso que ele e sua prole nada tem contra os deuses. Dizem que Utgard ainda está vivo, conhecendo o mundo usando suas muitas faces para nunca ser reconhecido, ajudando (e atrapalhando) com seu método de ensino todas as pessoas que ele julga precisar que encontra em seu caminho. Ele senhoreou a raça dos Jotuns.

Utgard Loki, tirando o tamanho ele ainda é Guerreiro, Feiticeiro, Trapaceiro, Feiticeiro, Empreendedor e Inventor
Logi: Titã ferreiro e alquimista, também conhecido como Senhor do Ferro e do Fogo. Ele foi o responsável por ensinar aos gigantes a arte da metalurgia e da alquimia e senhoreou todos os Gigantes do Fogo. Inspirado pelo ataque de Polifemo aos deuses, ele, sua mulher Hella e seus filhos atacaram também os deuses, dispostos a se tornarem tão fortes quanto eles. O ataque falhou e os deuses o aprisionaram dentro de um poderoso vulcão junto com sua mulher. Desde então o local é conhecido como Monte Sulfurus, sendo defendido como território sagrado pelos gigantes de fogo e por estranhos Titãs feitos de Carne e Lava conhecidos como Titãs de Fogo que passaram a surgir no monte após o desastre.

Logi: Vivo ou morto ainda é uma grande influência no Monte Sulfurus

Éfeso: Titã construtor famoso por construir gigantescas fortificações, inclusive castelos nas nuvens. Éfeso senhoreou os gigantes das Tempestades. Éfeso ainda vive num imenso castelo nas nuvens pairando em algum lugar sob a ilha de Éfeso. Éfeso se juntou a Polifemo em um assalto contra os deuses, mas prevendo derrota, traiu a causa de Polifemo e se juntou aos deuses. Em troca ele e sua prole foram perdoados e ele recebeu uma morada junto aos deuses.

Éfeso: Cultuado como divindade inclusive pelos humanos
Hipólito: Titã construtor e guerreiro, famoso por ter construído as próprias muralhas da moradas dos deuses. Hipólito e sua prole, os gigantes das nuvens, se juntaram a Polifemo contra os deuses, mas ao chegar nas muralhas dos deuses, se recusou a destruir sua própria criação e, ao exitar, foi morto pelos deuses. Após a batalha, os deuses reconheceram a honra na ação de Hipólito, perdoaram sua prole e ressuscitaram Hipólito que agora vive no primeiro mundo. Hoje, muitos gigantes da nuvens honram os deuses pelo reconhecimento do mérito de seu ancestral, mas outros cultivam ódio aos deuses e pela humanidade pelo covarde assassinato de seu ancestral.

Hipólito: sua força descomunal e velocidade surpreendente só são menores que sua habilidade em construir castelos e fortificações.
Skie: Conhecida como a Senhora do Gelo, Skie senhoreou os Gigantes do Gelo. Skie abandonou Jotunia juntamente com seus para conhecer o mundo. Graças a isso,Jotunia teve seu território expandido pelas incursões de Skie e seus filhos pelas geleiras do norte. A titã se uniu ao seu irmão, Hipólito na rebelião contra os deuses mas foi derrotada na batalha, o deus Galeneão a achou tão bonita que decidiu casar com ela. Mas Skie era muito arredia e, ao buscar por sua liberdade, atentou contra a vida do deus. O deus então resolveu puni-la de outra forma, e a prendeu no fundo do Mar do Sincelo.Os gigantes de gelo habitam todos os locais gelados, e não deixam ninguém a não ser eles mesmos navegarem no Mar do Sincelo.

A Rainha do Gelo é cultuada como divindade por quase todos os povos.

Polifemo: Polifemo foi um poderoso titã que, em toda sua arrogância, desafiou os deuses numa guerra sangrenta. Polifemo e seus filhos, os Gigantes das Colinas e das Montanhas foram derrotados, principalmente devido a traição de Éfeso. Para servir de lição, os Deuses retiraram o brilhantismo de Polifemo de seus filhos e, desde então, Gigantes das Colinas e das Montanhas são os gigantes mais estúpidos de todas as raças.

Polifemo: O mais poderoso dos gigantes, desafiou inclusive os deuses, mas perdeu.

Oreanus: Senhor dos gigantes de pedra, Oreanus se juntou a Polifemo contra os deuses, mas ao ver que sua causa estava perdida, se retirou do combate. Graças a isso o titã foi amaldiçoado pelos deuses, se transformando em uma imensa montanha, e Medéia, sua mulher, foi transformada num horrível monstro para sempre confinada nela. Sua prole no entanto foi absolvida, e desde então eles vigiam e vivem em áreas montanhosas e rochosas.

Oreanus: Amaldiçoado na forma de uma montanha e para sempre aprisionando sua mulher em seu interior.
Adendo: Titãs - Titãs são os primeiros filhos dos titãs ancestrais e são cultuados por gigantes como grandes líderes, entidades menores ou profetas. Titãs são extremamente mais fortes que os gigantes comuns, mas não fortes o bastante para serem imortais ou concederem poderes a outras criaturas. Os titãs moram no primeiro mundo, graças a um acordo que os deuses fizeram com os Titãs Ancestrais sobreviventes, e raramente visitam Erdéria.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Religião em Erdéria – O Dualismo Hakimista

Existe uma pluralidade de deuses, filosofias e religiões em Erdéria, muitas delas entram em conflito entre si, algumas se contradizem. Mas existe uma religião que tem grande força em Catai Vicínia, Al-Hazad e Dacacida, esta religião é conhecida como o Dualismo Hakimista.


A crença dualista é baseada na luta entre duas forças. O Criador, senhor da luz, criação e do começo e Entropia, senhora da escuridão, destruição e o fim. Esses deuses estão travados numa guerra eterna que nunca haverá um fim nem um vencedor.
 Diferente da religião Asteriana, onde o Criador e a Entropia são representadas por uma miríade de deuses, o Hakimismo dispensa intermediários e crê apenas na existência das forças do Criador e Entropia, que também incorporam o bem e o mal. Já houveram na fé dualista, muitos profetas e santos “iluminados” ou “incorporados” pelo Criador e/ou Entropia que espalharam filosofias e ensinamentos, angariando assim seguidores, mas nenhum deles foi tão importante que o Grande Profeta.

O Grande Profeta foi um homem chamado Hakim, que pregou o caminho do meio, viver às sombras e na luz, e encontrar o equilíbrio e a iluminação. Hakim revolucionou o pensamento dualista ao unir toda a religião em uma só forma de pensamento coerente, ao mesmo tempo que unia todo o povo Parsi em uma só religião, quebrando de uma vez por todas o domínio do império Ptahi sobre seu povo. Porém, quando o grande profeta Hakim morreu, seus ensinamentos foram fragmentados em três linhas filosóficas, cada uma encabeçada pelos três maiores dicípulos de Hakim, Jafar, Joel e Pumyra. Jafar era conhecido como o Sheike das Sombras, e encabeçou a filosofia que hoje é conhecida como o Caminha da Entropia. Joel, conhecido como O Sheike da Luz, defendeu e disseminou o Camnho do Criador. Enquanto Pumyra, conhecida como a Sheike do Meio encabeçou a linha filosófica do Caminho do Meio.

 No Hakimismo, o Criador geralmente representa o bem, a criação e a luz, já a Entropia representa o mal, a destruição e a escuridão. Essas duas forças-deuses vivem uma batalha eterna entre si, onde um nunca vencerá o outro.

 A igreja Hakimista é dividida em três filosofias, o Joelmismo - Que favorece o criador e o bem, o Jafarismo - favorecendo a entropia e o mal e o Pumyrismo, que favorece o verdadeiro equilíbrio entre as forças.
Em teoria, todas essas filosofias acreditam que o equilíbrio entre o bem e o mal é vital para a existência do mundo e do universo. Mas divergem quanto ao papel da humanidade nesta batalha.

O Hakimismo Joelmista é a filosofia mais aceita e mais difundida de todas. Ela interpreta que o papel da humanidade é ajudar o bem e a luz na luta contra o mal e as trevas. Se a humanidade não combater o mal, haverá desequilíbrio. A Filosofia Joelmista considera a filosofia Jafarista uma aberração, e luta com todas suas forças para expurgar tal pensamento do mundo. Considera a filosofia Pumyrista simplista e acomodada e condena os atos de indiferença que por vezes a filosofia pumyrista demonstra em momentos de se lutar contra o mal.

 O Hakimismo Jafarista é a mais marginalizada das três filosofias, não só acredita que o papel da humanidade é o mal e as trevas. A humanidade é a causa de vários males no mundo exatamente por ser o papel dela fazê-lo, deve-se abraçar este papel e procurar realizá-lo ativamente. O culto Jafarista assimilou vários outros cultos de deuses do panteão Asterianos por representarem Entropia de forma mais socialmente aceitável. O culto a Tiranno, Haxis e Ego forma alguns dos assimilados pelo Hakimismo Jafarista. Os Jafaristas abominam e detestam os Joelmistas, prejudicando-os ou os eliminando sempre que enxergam uma oportunidade. Eles veem os Pumyristas como perigosos rivais, em vários momentos as duas filosofias trabalham em conjunto para um mesmo propósito, em muitos outros os Pumyristas são implacáveis em punir e caçar os Jafaristas.

O Hakismo Pumyrista é a filosofia mais escolhida por filósofos, poderosos e intelectuais, pois ela é a mais complexa de ser compreendida e seguida. Ela acredita que o papel da humanidade na luta entre o bem e o mal é buscar o equilíbrio entre as duas forças em prol do bem-estar da humanidade, e vai além, a filosofia Pumyrista crê que o Criador e a Entropia são forças que podem causar tanto bem quanto mal em igual proporção e o fiel deve ter poder de discernimento quando fazer bem demais pode ser ruim e fazer muito mal pode não ser saudável.
A filosofia Pumyrista, segundo os estudiosos, é a mais próxima do pensamento original de Hakim, por isso, Al-Hazad tem apoiado a filosofia para que absorva as outras duas, eliminando assim os perigosos extremos.
Para o Hakimismo, os outros deuses são meramente espelhos de vários aspectos do criador e de entropia. O nome dos outros deuses, meramente formas de expressar e entender as ações e atitudes de uma pessoa. Para os Hakimistas, o culto aos aspectos em separado do Criador e Entropia não é visto de forma saudável, pois impede a pessoa que cultua de enxergar o todo e faz dela limitada e obtusa.

O Hakimismo possui uma casta especial de sacerdotes conhecidos como Imames. O Imame consegue manipular as forças do bem e do mal simultaneamente, são treinados em pelo menos uma das armas tradicionais do Dualismo, que são a Cimitarra, o Kukri e o Combate Desarmado.

O Imame pode ser de qualquer tendência, embora tendências neutras ou benignas sejam as mais comuns, nada impede uma criatura de tendência maligna seguir o código moral do Imame. Imames não possuem domínios, mas ganham habilidades especiais que podem escolher a medida que sobem de nível. Muitos deles treinam a arte marcial conhecida como Trilha dos Dois Caminhos, e o estilo de luta com Cimitarra e Kukri conhecido como “Dia e Noite”.

Dualismo: (Tendência: Qualquer Neutra, Criação e Destruição, Dia e Noite, Bem e Mal, Caos e Ordem, Começo, Meio e Fim – Cimitarra e Kukri) Escuridão, Sol, Cura e Destruição

Criador e Entropia são duas forças cósmicas que criaram os deuses, mas não ouvem nenhuma prece mortal. Porém os dualistas não veneram Criador e Entropia como deuses, e sim como forças cósmicas, energias que, se combinadas formam uma imensa força de equilíbrio, esclarecimento e iluminação.
No dualismo, o Criador e a Entropia vivem numa batalha eterna, onde o criador está em vantagem pelo dia, e a Entropia ganha liderança à noite, mas a batalha durará para sempre e enquanto houver o conflito, haverá o equilíbrio. Para os dualistas, os outros deuses são meramente falsas interpretações de alguns aspectos do Criador ou de Entropia.

O símbolo do Dualismo é um círculo ou aro, um lado claro, e o outro escuro. Às vezes o crepúsculo ou o alvorecer também são usados.

 Dogma: Prenda-se aos ensinamentos de Hakim e seus profetas, pois suas palavras descrevem a única forma verdadeira do divino. Ignore ou apiede-se daqueles que seguem os falsos deuses, pois existem apenas duas forças que governam o mundo, e aquilo que os outros chamam de deuses são meros aspectos dessas forças. Enquanto o Criador e Entropia batalham no firmamento, cabe aos mortais lutarem pelo equilíbrio no mundo, seja mental, espiritual, físico ou natural. Ouça todas as partes e sempre busque a conciliação em todas as questões. Nunca concorde completamente, nem discorde totalmente. Onde houver exagero, interfira. Lute para manter o equilíbrio. Jejue em tempos de bonança, e compartilhe em tempos de necessidade.

O fiel dualista e especialmente o imame deve seguir os seguintes código de leis a risca: - Sempre defender a fé dualista.
- Sempre promover caridade a quem necessita.
- Sempre condenar o exagero de qualquer natureza, se alguém é rico, convença-o a compartilhar, se alguém é arrogante, ensine-o humildade.
- Jejue em tempos de bonança, guarde e armazene para dias mais difíceis.
- Compartilhe em tempos de dificuldade, mesmo que possua pouco.
- Use apenas o necessário para uma ação, não mais, não menos.
- Defenda os fracos, cure os doentes, abrigue os sem-teto.
- Nunca tenha nada em excesso, um cavalo ou camelo para cada homem, se não puder carregar em suas costas, livre-se do fardo.
 - Combata a preguiça e a comodidade.

 Seguidores, Crenças e Costumes: O dualismo é a religião oficial de quase toda Catai Vicínia e em muitos trechos de Aester Oriental e Dacacida. A religião envolve costumes e leis bem definidas para o fiel se manter no caminho certo para o equilíbrio.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Capitânia: A joia da devastação.



Galei é um reino sofrido e dominado por piratas, bandidos, monstros e sobreviventes. Capitânia, no entanto, é mesmo uma joia sem paralelo, sendo a anfitriã do maior evento cultural de Aester, os jogos olímpicos. Também possui uma indústria avançada, produzindo maravilhas como armas de fogo, artilharia e relógios. Os mais avançados navios saem de seus estaleiros, poderosas armaduras, lâminas espetaculares, e tudo que é possível se fabricar com a tecnologia – e a tecnomancia – conhecida. A cultura da cidade também é algo a se invejar, a Escola de Menestréis de Galei é a mais famosa escola de bardos de Aester, o Coliseu Olímpico é o maior e mais belo estádio de Aester, a Escola dos Oficiais Bucaneiros e a Escola de Espadachins de Galei são as mais competentes universidades militares de Aester, as duas em Capitânia. A cidade ainda possui vários anfiteatros, arenas de corrida, museus, palácios, templos, uma escola arcana e praças fazendo dela a mais bela cidade de Aester, de longe.

 A Joia da Devastação é uma cidade situada nos arredores e sobre o Monte dos Deuses, uma grande formação geológica, que os antigos Yperianos achavam ser a morada dos deuses na primeira vez que colocaram os pés em Aester. Este monte foi transformado, cortado e minerado até ser reduzido a um terço do que era. A cidade tendo se expandido em seu fantasma, deixando apenas alguns trechos da maravilhosa paisagem natural intacta.

 Capitânia é uma cidade enorme, a sua população já ultrapassou a casa dos 2 milhões de habitantes em tempos mais prósperos, mas hoje possui o impressionante número de 853 mil habitantes,vindos das mais variadas culturas e raças de toda Aester e além. Graças a isso, a cidade é bastante plural, sendo possível se encontrar nela todo o tipo de arquitetura, de comidas, de línguas e de costumes. Os estrangeiros que vem para ficar na cidade acabam se juntando com seus semelhantes em distritos da cidade, onde sua cultura ou raça predominam, mas nem sempre é o caso, podendo se encontrar um bazar no estilo Hazadi logo ao lado de um típico Pub Eyre. A cidade possui quase 20 quilômetros de extensão, contando com sua área principal e seu interior agrícola e periferia, a cidade em sí, descontando fazendas e áreas abandonadas da periferia, possui 10 quilômetros de extensão. Tão extensa é a cidade, que se uma pessoa tentar cruzar a cidade de uma ponta a outra, sem parar para se maravilhar com a miríade arquitetônica da cidade, ou se encantar com os múltiplos mercados onde tudo se compra e tudo se vende, sem se confundir nas várias ruas, becos, vielas, cortiços e praças e ainda tendo a sorte de não perder tempo nestes lotados caminhos, ele demoraria pelo menos um dia para chegar na outra ponta.

Segurança e Ordem

 É impossível se manter a ordem em uma cidade tão grande como Capitânia, apesar do contingente militar que protege e patrulha a cidade ser pelo menos duas vezes maior do que qualquer outra cidade em Aester, eles não dão contra da proteção de todos seus cidadãos. Considerando que essas forças só consideram como cidadãos a nobreza, ricos comerciantes que podem lhes pagar para frequentarem mais a localidade de seus comércios e casas, personalidades importantes e altos cidadãos, ou seja, cidadãos de ascendência Vitala legítima. O restante dos habitantes precisa lidar com seus problemas com seus próprios recursos, muitas vezes recorrendo a proteção de famílias armadas do Feudo Vermelho, aventureiros, mercenários ou milícias. Muitos cartéis de famílias criminosas, guildas de ladrões, milícias e mercenários prosperam em capitânia, apenas agravando o maior de todos os problemas na imensa cidade, que é a criminalidade.
 O Ré Augusto II recentemente criou um sistema de caça e procura de criminosos na cidade, onde vários batalhões liderados por oficiais se espalham pela cidade em pontos denunciados por cidadãos onde a criminalidade é maior, espancando e prendendo todos aqueles que pareça suspeitos, e usando força letal contra aqueles que resistem. Sistema assim já foi feito por seus antecessores, com resultados no mínimo caóticos. Mas o sistema do Ré tem dado resultados mais positivos, pois o Ré usa informações obtidas por aventureiros contratados para promover as batidas.

O Pluralismo da Joia

 Cidade de muitos sabores e muitas culturas, é possível se encontrar qualquer item de qualquer lugar de Erdéria à venda em Capitânia, desde que o comprador esteja disposto a procurar - e a pagar pelo que é pedido. O mesmo pode ser dito da comida e da arte. Os Galeivianos são um povo ávido pelo exótico, e é por isso que é fácil se encontrar tavernas e restaurantes especializados em comidas e bebidas dos mais variados locais do mundo, o paladar do Capitanês é requintado para o diferente. Bazares, atelieres e lojas vendendo objetos decorativos, tecidos, calçados e arte dos 8 cantos do mundo também são bastante populares e disputados entre os consumidores de maior poder aquisitivo da cidade. É muito fácil se perder nas inúmeras ofertas de entretenimento, sabores, objetos e paisagens disponíveis no Porto do Mundo, uma pessoa com moedas e disposição de ignorar a arenga de pedintes pode passar os melhores dias de sua vida em Capitânia.

Religião e Espiritualidade

 Apesar da pluralidade cultural, a espiritualidade de Capitânia é bem restrita. O Galeiviano é um povo difícil de absorver novas formas de culto ou religião, mesmo com múltiplas culturas coexistindo na cidade, o culto a deuses não Asteriano é apenas de nicho na melhor das hipóteses e tratado como barbárie ou bruxaria pelos galeiviano típico.
Os deuses mais adorados na Cidade Ascendente são Heracles Olympus, Zeos Olympus, Polo e Hera, graças a sobrevivências quase inafetada do cultos a esses deuses do jeito que os antigos Yperianos faziam na mesma cidade antes de Vidigácio os expulsar. Outros deuses que se destacaram foram Bahamut, Galeneão, Ego, Yago e Revel devido a participação de seu clero nos acontecimentos que levaram a cidade a se reerguer e prosperar. Mas todos os deuses do panteão Asteriano são cultuados e reverenciados em Capitânia e, desde que não haja nenhum crime evidente por parte dos adoradores, nenhum culto aos deuses Asterianos sofrem restrições ou proibições.
O mesmo não se pode dizer a outras religiões que são ignoradas, ridicularizadas ou menosprezadas, apesar de não haver nenhuma hostilidade mais grave contra seus praticantes, que podem ter até seus locais de culto, desde que sejam escondidos às vistas do típico Galeiviano.

Industria e Tecnomancia

Por ser uma cidade industrial, capitânia sofre muito com a poluição, nuvens de fumaça e neblina costumam aparecer e cobrir as regiões mais baixas da cidade, trazendo doenças e acidentes. Os alto-cidadãos são na maioria inafetados por este problema, já que vivem nas partes mais altas da metropole. Tudo se fabrica em Capitânia, mas o que mais chama atenção são suas maravilhas tecnomantes, que assombram, fascinam e intrigam toda Aester. Galei não possui nenhuma escola ou universidade que ensine tecnomancia - a única universidade que ensina a verdadeira tecnomancia fica em Irine - apesar de sua escola arcana ser competente. Então como Capitânia consegue ter tantas maravilhas tecnomantes operacionais, perdendo apenas para a Universidade de Irine (com a diferença de que Capitânia mostra seus artefatos para quem quiser ver, enquanto Irine as esconde).
O truque está mais na criatividade e desenvoltura dos Galeivianos do que em conhecimento verdadeiro, Capitânia é a cidade com maior reaproveitamento de artefatos da Era Áurea, perdendo talvez apenas para a Universidade de Irine. Se não se sabe como concertar algo para funcionar como originalmente, se dá um jeito para se obter um resultado semelhante, com mecânica simples ou magia pura. Este resultado é fruto de uma classe de artesões quase exclusivos de Galei que se chamam Mecanomantes, pessoas com conhecimento mecânico e mágico suficiente para realizar “pequenos milagres” com o que eles têm disponíveis.
 A tecnomancia também é bastante evidente na cidade, muitos dos distritos mais abastados são iluminados a gás, em particular o distrito real, que é iluminado por energia elétrica. Um auto-comboio ainda é operante ligando os lugares mais promissores da cidade. Os céus são atravessados pelos dirigíveis reais que patrulham a cidade dos céus, e por aeronaves semelhantes de nobres e comerciantes impossivelmente ricos que habitam a cidade.
 Entre luxuosas charretes e carruagens dos ricos e poderosos, é possível se encontrar alguns auto-carros totalmente funcionais expelindo grossa fumaça branca por onde passam, mas os privilegiados donos destas relíquias sabem muito bem que devem ser bastante cuidadosos ao usarem suas máquinas, pois um concerto delas não é barato, isso se for possível realizá-lo! Aventureiros chegam a ser contratados para encontrar as peças necessárias, seja dentro ou fora da cidade.
Outras maravilhas tecnomantes operacionais na cidade são possíveis destacar guindastes, bombas, motores que movem fábricas e aquecem fornalhas em graus elevadíssimos,tratores, armamentos, pequenas curiosidades e utilitários e é claro, navios de guerra, mecânos e o único monotrem ainda operante conhecido em Erdéria, infelizmente não há muitos trilhos para que ele possa percorrer.
Apesar de todas essas maravilhas tecnomantes da cidade, a maioria da população conhece apenas as sinistras carcaças inúteis de centenas de artefatos tecnomantes de outrora, espalhados nas sarjetas da cidade, ou acumulados em ferros-velhos infestados de gangues, monstros ou ambos.

Capitânia é conhecida por vários apelidos. Pela elevação topográfica e de suas construções é conhecida como Cidade Ascendente, pela sua diversidade de culturas e povos a chama de Porto do Mundo, pelas suas maravilhas que destoam do restante de Aester chamam-na de Joia da Devastação.

Mas esta joia brilha apenas para poucos, um cidadão comum batalha todo o dia entre a criminalidade e as más condições de vida em busca da oportunidade que as atraíram para lá em primeiro lugar.

Ré Augusto II parece determinado a melhoras as condições de seus súditos, tanto na sua cidade quanto em toda Galei, mas os burocratas, acostumados com o status quo e mesmo os desacreditados cidadãos acostumados em viver às sombras das ofuscantes luzes a gás da cidade põem empecilhos ao seu soberano de conseguir alcançar seu sonho de ver uma Capitânia -e uma Galei- livre da corrupção, criminalidade e miséria.

 Capitânia pode ser a joia de Aester, mas esta pedra preciosa não brilha com a mesma intensidade em todas suas faces.