Como todos sabem...

Licença Creative Commons
Todo o conteúdo escrito deste site é obra de Igor Lins e é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.

terça-feira, 8 de março de 2016

A Origem do Homem, da Tecnomancia e a visão do homem da Era Áurea das demais raças




Anões, Gigantes, Elfos, Gnomos, Trolls e Ogros viviam em Erdéria e eles dividiam o mundo entre sí. Os humanos nada mais eram que grandes macacos aparvalhados, com medo demais do mundo para se afastarem de suas cavernas mais que alguns quilômetros.

Até que o deus Polo, com vontade de ter uma raça dominante em Erdéria decidiu adotar os humanos como filhos. Mas logo ficou frustrado ao notar como primitivos eles eram. O deus notou que os humanos precisavam de uma centelha divina e logo pensou onde poderia encontrar uma centelha divina para dar aos seus filhos.

Ele poderia dar a sua própria, mas isso implicaria que ele ficaria fraco e, enquanto descansasse, seus filhos poderiam se desviar e se tornar algo que ele não queria ou, pior ainda, ser destruído pela inveja de outros deuses ou outras raças. Então resolveu tomar a centelha de outro deus.

Neste tempo, a noite era quase tão iluminada quanto o dia. Pelo dia, Ráelo passa com sua carruagem flamejante pelo céu, iluminando dourado toda Erdéria. Pela noite, Luna passeia pelo firmamento iluminando prateado todo o firmamento. Noturnna, deusa da noite, sugeriu a Polo tomar o fogo de Luna enquanto ela dormia, e foi isso que ele fez. Roubou o fogo de Luna e o mostrou aos humanos. 

Ao verem a centelha divina, os humanos ficaram cientes de sí mesmos e não mais queriam viver como animais. Os bordeses também viram o fogo de Luna, escondidos em seus arbustos, e por conta disso, também tomaram ciência de sí mesmos. 

Luna nunca mais brilhou como brilhava antes e Noturnna ficou mais poderosa, mas os humanos prosperaram como raça. 

Logo as demais raças se entusiasmaram com o novo irmão e começaram a ensinar seus meios aos humanos.

Dos anões, os humanos aprenderam os segredos das pedras e dos metais, a importância e a beleza das pedras preciosas e dos metais, das armas e das armaduras e de tudo que se é possível fazer de útil com metal e pedra.

Dos elfos, os humanos aprenderam a utilizar a magia, a amar e criar coisas de arte, do canto e da música, da cultura e o belo. 

Dos gigantes, os humanos aprenderam a criar grandes castelos e fortificações, aquedutos e pontes, prédios e naves. Tudo de útil na construção e arquitetura.

Dos gnomos eles aprenderam a fina arte das pedras preciosas e do convívio com a natureza, aprenderam a inventar coisas novas e transformar coisas velhas.

Até os bordeses tinham o que ensinar, mostrando a importância do mapeamento e da cartografia e da importância de viajar e explorar.

Muito tempo se passou assim, os humanos evoluíram como raça e como sociedade. Criaram suas próprias coisas e erigiram seus próprios reinos e culturas. Mas tudo que faziam não era exatamente original e o que eles faziam de novo não impressionava as outras raças. Os humanos não tinham um papel importante em Erdéria.

Isso mudou com a invenção humana de se unir a tecnologia com a magia, nascia a Tecnomancia, ciência que faria dos homens a raça mais poderosa da terra.



Antes da tecnomancia, a tecnologia e a magia andavam separadas. Artefatos tecnológicos eram toscos e pesados. A maioria dependia de elementos naturais, como a força de um rio ou dos ventos, ou energia animal. Apesar de ser acessível a todos, não era algo que pudesse fazer maravilhas, como a magia fazia.

Já a magia poderia fazer praticamente tudo, construir ou desconstruir realidades, mover montanhas, fazer voar ou respirar debaixo d’agua. Mas a magia sempre foi selvagem e indomável. E aqueles que tinham o domínio sob a magia, seja por herança de sangue, estudos arcanos, bênçãos divinas ou qualquer outra coisa eram poucos e únicos. Magia nunca seria algo que todos pudessem usar. Artefatos mágicos eram raros e poucas pessoas os possuíam, menos ainda conseguiam cria-los e muito menos pessoas queriam se desfazer delas. 

A tecnomancia combinou o fácil uso e acessibilidade da tecnologia com o poder incrível da magia. Agora, qualquer um poderia voar ou viajar debaixo d’agua através de dirigíveis e submarinos. Montanhas poderiam ser movidas através de Mecânos e Tratorescavadeiras. Distâncias eram vencidas em prazos curtíssimos de tempo com Ferrocomboios e Autocarros. Qualquer um poderia dar vida com poderosos remédios, ou tirar vidas no apertar de um simples gatilho.

Os elfos, em suas florestas, começaram a desaparecer. Sua raça primitiva e selvagem não conseguindo mais acompanhar a velocidade e o esplendor do mundo dos humanos está quase que totalmente extinta. A única prova de sua existência são histórias de uns poucos elfos ainda vivendo nas florestas e os elegantes Elfos Urbanos, evolução da raça élfica que se salvou graças ao precioso sangue humano que correm em suas veias. As florestas são importantes recursos para a continuidade da evolução humana, os elfos terão que se afastar ou encontrar a extinção completa.

Os anões se retiraram para as profundezas da terra, mesquinhamente escondendo as riquezas da terra para sí. Mas o brilho e glória da humanidade alcançará os toscos redutos desta raça apática e usará seus recursos para coisas mais uteis e mais importantes. 

Os gigantes reclusos em suas montanhas nas extremidades do mundo ainda se acham senhores. Mas a humanidade apagará sua arrogância e as montanhas também serão propriedade do progresso e da civilização.

Os gnomos devem usar sua genialidade e criatividade para alavancar o progresso da humanidade. Esta é a única forma deles conseguirem evoluir. Devem abandonar seus sonhos tolos e suas invenções que não servem a nenhum propósito.

Os bordeses se adaptaram bem a sociedade humana mas, seus tamanhos diminutos e seu instinto de sobrevivência mais assemelha aos dos ratos que dos humanos e, por isso, são fadados a um papél secundário na mais brilhante fase do mundo. 

Todas as raças devem aceitar e se adaptar ao domínio da humanidade. Os humanos ficam mais do que felizes em aceita-los como filhos adotivos. Caso contrário, serão deixados para trás.

Erdéria vive agora o futuro. Erdéria vive agora o esplendor da Era Áurea, onde o mundo está aberto para o conhecimento e a conquista. Erdéria pertence agora ao homem.

Adore a Áurea Erdéria, ou seja aniquilado.


Nenhum comentário:

Postar um comentário