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quinta-feira, 10 de março de 2016

Origem da Guerra Final



A Guerra Final.

“Livramos-nos da umbra dos elfos e seu desejo de nos prender em suas matas fechadas, nos desagrilhoamos dos anões e seu objetivo de nos confinar num claustro cavernoso e escuro. Nos libertamos dos gigantes, e suas diversas tentativas de nos ocultar em suas nubladas montanhas – agora vos peço para juntarem-se a mim, e nos livrarmos dos reis e imperadores que querem ofuscar o fulgor da raça humano no brilho fosco de suas coroas e cetros de ouro! A Era dos reis passou! Três vivas a era Áurea dos homens!”
Madelainne du Lisse discursando para as tropas da recém unida Fremísia no campo de Bella contra o Exército Imperial Rici. – Guerras Fremísias; 13 de Luna de 1817 AV.

"A se desgraças pudessem ser revertidas, lágrimas deixassem de serem derramadas, guerras parassem de serem travadas." – Antonov Strofovich, Poesia Final; 02 de Olympus de 1913 AV.

Em 1913, Aester ainda estava em choque com os desdobramentos da Guerra do Sangue Gelado, acorrida em 1911 na Veslakia. Nesta guerra, a Teudônia mostrou todo seu poderio militar, levando as demais nações a uma corrida armamentista e de estreitamento de alianças. 

Neste tempo, Estúria estava cobiçando territórios de Galei, incluindo iniciando hostilidades. Mas graças a interrupção da Grã-Duquesa Hyrien Uberhaus, que conversou a portas fechadas com o Monarca Estanhol Marco V, as hostilidades da Estúria se cessaram. Dias depois, Galei se apressou a fazer uma aliança militar com a Teudônia.

Acontece que a monarquia Estanhola não detinha mais o verdadeiro poder em estúria e sim, o parlamento. Apesar disso, bastou uma conversa com a futura Caiserina da Teudônia com Marco V, para o monarca usar sua influencia para abrir uma reuniçao as portas fechadas com o parlamento. O assunto? A conversa com a Gra-Duquesa teudã. Após a conversa, sem nenhuma explicação, o parlamento vota no fim das hostilidades contra Galei. Dias depois dessa conversa, Galei se alia a Teudônia. 
Grã-Duquesa Hyrien


Esturia já era cheia de grupos revolucionários que achavam o parlamento muito fraco, muito temeroso aos movimentos dos vizinhos e a continuidade da família real ia contra seus pensamentos de república verdadeira. Quando seu país se movia para um justo conflito para recuperar terras roubadas por uma monarquia decrépita representada por Galei, o fraco parlamento se dobra as veladas ameaças teudãs proferidas às portas fechadas nos ouvidos de um monarca desacreditado pela sua própria gente. Isso foi a gota d’agua para estes grupos revoltosos e eles começaram a se movimentar para derrubar o rei e o parlamento fantoche e criar um governo verdadeiramente republicano. 

Acontece que, o que os revoltosos não sabiam é que a Condessa Hyrien Uberhaus era uma notória pacifista e, por ter passado boa parte de sua infância morando com a família real estanhola na capital estanhola. Izerran, ela era uma apaixonada pela Estúria, seu povo e cultura. 

Os revoltosos sabiam, no entanto, o verdadeiro teor da conversa. Hyrien Uberhaus tinha um plano de, quando se tornasse Caiserina (o que seria em breve, considerando a idade avançada de seu pai), ela planejava usar a influência da Teudônia para reavivar o tratado Galevo-Esturiano de boa convivência, firmado décadas atrás pelos monarcas das duas nações, onde seriam devolvidos territórios Estanhóis em troca de territórios Galeivianos e paz entre as duas nações. Tudo que Galeivianos e Estanhóis sempre queriam.  A Grã-Duquesa também tinha intenções de formar uma nova liga Veslaka, totalmente independente e funcional. E persuadir ao reino de richi se juntar a liga, resolvendo assim o problema que o velho império tem, afinal de conta, boa parte dos súditos de Richi já eram Veslos de qualquer forma.

Acontece que, se isso fosse feito, o monarca Estanhol ganharia grande força, assim como o parlamento atual e a revolução morreria, pois o povo ficaria feliz. Os conspiradores então se decidiram a impedir que isso acontecesse, e tramaram assassinar a Grã-Duquesa.

Em Vaira de 1913, a grã-Duquesa Hyrien foi convidada pelo Primeiro Cidadão Estanhol Simón Crasso a um banquete, no palácio Lorak Santua, em Izerran. Lá a fmília real estanhola estaria presente, juntamente com outros parlamentares. A intenção era fazer com que a Grã-Duquesa falasse de seu plano pacífico aos jornalistas presentes, retirando definitivamente qualquer sombre de guerra de Aester. Com a entrevista. Valésia, Fremísia e Estúria ficariam aliviados sabendo que a próxima governante de Teudônia quer paz, o povo de Estúria receberia a notícia que a reunião com seus familiares separados pelas forçadas fronteiras entre Galei e Estúria aconteceria em breve e que o trabalho em conjunto do parlamento com o rei não só é funcional como é forte. Seria um evento que marcaria o triunfo do raciocínio e da cortesia frente a horrorosa sombra da guerra. Aester poderia se enxergar como um continente unido pela fraternidade novamente.

Mas o pior aconteceu, a Grã-Duquesa foi emboscada pelos revolucionários, que jogaram uma bomba em seu autocarro. A bomba caiu no colo da Grã-Duquesa, que ainda recebeu tiros nas costas de outros revolucionários. Ela já estava bastante ferida quando a bomba explodiu, matando-a.
Com os rumores da sede de conquistas da teudônia já espalhados, o povo estanhol abraçou os revolucionários como heróis. Os conspiradores espalharam que a grã-duquesa estava lá para aceitar os termos de rendição da Estúria para a Teudônia com anexação imediata, e o povo acreditou. Revolta tomou conta das ruas de Izerran e a família real junto com o primeiro cidadão fugiram para a Teudônia.

Godo Uberhaus, o Caiser da Teudônia nunca gostou das idéias pacifistas de sua filha Hyrien, mas com o tempo ela acabou o convencendo de que paz é melhor que poder. Ele não estava completamente convencido das idéias de sua filha, mas via na garota uma sabedoria rara e um tato para política comparável apenas aos de Vidigácio ou Madeleine du Lisse e acabou se convencendo de que ela estava mais do que preparada para mudar para melhor a Teudônia e Aester. Mais do que tudo, amava sua filha apaixonadamente.

Quando soube da morte de sua filha, tristeza e ódio o consumiram. Ele sofreu dois ataques cardíacos no dia. Enquanto ele se recuperava, a Chanceler Teudã Joffra Offizier exigiu que o parlamento estanhol encontra-se e executasse todos os assassinos da Grã-Duquesa.

Quando o Caiser se recuperou, não querendo desmerecer as decisões de sua chanceler, mas ainda ardendo de febre fez uma nova exigência. Que Estúria recebesse uma comitiva de investigação teudã para descobri e capturar todos os assassinos. Eles seriam julgados e condenados na Teudônia. Com a negativa do parlamento a este pedido, Teudônia declarou guerra a Estúria. Estúria apelou para seu aliado mais forte a Fremísia, que buscou uma saída diplomática. Mas não houve saída diplomática, pelo contrário, Teudônia invadiu território Fremísiano para atacar Estúria pelo flanco. Fremísia declarou guerra a Teudônia. 

Imediatamente, em socorro de seu aliado, Valésia declarou guerra a Teudônia. Começou a Guerra Final. Que, segundo os estudiosos e pensadores, será a guerra que terminará com a necessidade de todas as outras guerras, seja porque os vencedores terão domínio total de Aester, seja porque não sobrará nada para se dominar.
Campo de Bela

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