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domingo, 17 de março de 2013

Ryuu Tazai: Costumes e Culturas


Ryuu Tazai é uma terra com diferenças bem acentuadas de Aester, seus costumes, tradições e cultura forma moldados por fatores e realidades bem distintas do ocidente Aesteriano, e por isso merece um destaque maior ao se falar sobre seus costumes e cultura. Este artigo começa por lançar uma luz na ordem social de Ryuu Tazai, também conhecido como a Ordem Celestial.

A Ordem Celestial é fortemente baseada nos ensinamentos de Zonghi, um sábio andarilho que atingiu a iluminação. Segundo seus ensinamentos, todas as almas têm o seu lugar, e a humanidade deve seguir o exemplo dos deuses, pois os homens são reflexos dos corpos celestiais. Aqueles que desafiam o Ordem Celestial envergonham e corrompem o propósito de sua existência, não apenas se tornando uma alma sem honra, mas arriscam reencarnarem como alguém inferior.

Existem 4 grupos distintos de pessoas na Ordem, os samurais, os camponeses, os artesãos e os comerciantes.

Samurais

Das castas sociais de Ryuu Tazai, não se pode subir mais do que a casta samurai. O símbolo do samurai é seu Daisho, as duas espadas – a espada longa chamada de Katana e a espada curta , a Wakizahi. Apenas um verdadeiro samurai pode portar essas armas, qualquer outro indivíduo visto usando este armamento, ou mesmo o tocando está arriscando sua própria vida. Todos os membros da casta samurai tem o direito a um julgamento caso uma acusação seja feita por outro samurai. Se a acusação é feito por um membro da casta inferior ela é simplesmente ignorada, a não ser que o samurai queira responder por ela. Em contrapartida, se um membro de uma casta inferior ofende um samurai de alguma maneira, o samurai tem direito a julgar e executar uma punição por esta ofensa como ele achar necessário. Isso não significa que o samurai pode fazer qualquer coisa, todo o samurai responde a um Daimyo que é seu senhor, e tem que obedecer a suas ordens sem pensar duas vezes, sob risco de grande desonra, execução ou até mesmo ser forçado a cometer seppuku – o suicídio ritual. Da mesma forma, se um samurai assassina um camponês, ele pode sofrer punições, pois aquele camponês pode servir a um daimyo e, com sua morte, a produção desse senhor estará prejudicada e ele poderá ter dificuldades em alimentar suas tropas. Efetivamente neste caso, o samurai cometeu um crime contra outro samurai, embora que indiretamente.
 
A casta samurai é muito mais complexa do que parece, apesar da maioria dos samurais serem guerreiros (Bushi), nem todos o são, um samurai pode ser um shugenja – que é um sacerdote dos elementos, podem ser cortesãos – versados nos caminhos da corte e da palavra (Teishin) e artesãos – samurais que descobriram o caminho da expressão artística (Shokunin). Estes outros tipos não são versados no combate como seus iguais guerreiros, mas são tão importantes para o império como qualquer outro.
 
A Casta samurai possui camadas, apresentadas abaixo:
 
O Imperador

Tecnicamente um samurai, o imperador na realidade existe acima do sistema de castas, sua posição a mais alta possível não podendo ser igualada, considerado um deus vivo entre mortais. Ele é dono de todas as terras do Império, e permite para aqueles que lhe juram lealdade o direito de gerenciá-las.
 Àqueles que gerenciam as terras devem pagar taxas anuais, coletados pelos Kaikeis imperiais. O imperador também controla a religião Tazaiani, efetivamente sendo ele a voz dos céus, por isso o título – “O Filho dos Céus”.  Apesar dos costumes, leis e tradições definirem Ryuu-Tazai, o imperador é árbitro final dessas coisas. 
 
Qualquer comando que o imperador faz, é considerado Lei Imperial. Naturalmente, muitos imperadores usam o poder com cuidado para evitar se contradizerem e prejudicar a fé que seus seguidores depositam nele. Os Grandes Magistrados (Haidaikans) fazem valer as leis do Imperador, e o Exército Imperial serve como força de combate pessoal dele. Aqueles que desafiam o Imperador enfrentam a fúria dos Haidakans e do Exército Imperial, se não de toda Ryuu-Tazai.
 
Claro que nem sempre o imperador teve poder absoluto, já houve na história de Ryuu Tazai tempos em que a posição do imperador era apenas figurativa, o poder verdadeiro estando nas mãos do Xogum, ou do Campeão Supremo (Saiko Haidaikan), mas isso é muito raro, se não único na história do império, providencia que foi tomada apenas quando o imperador não era capaz o bastante de realizar seu ofício. Mesmo assim, o Imperador ainda era o poder absoluto no Império, ele só escolheu que outros exercessem o poder por ele. 
 
O último Imperador de Ryuu Tazai foi Teikami Higaiuchi, que morreu num terrível incêndio do Palácio Imperial. Correntemente, o Imperador é Teikami Makoto, um garoto de 5 anos.
 

Kuge

Kuge são membros de elite da casta samurai, sua nobreza reforçada com cargos poderosos no governo. Os Senhores (Daimyo) das famílias imperiais, o Saiko Haidakan, o Campeão Espiritual (Shikken), o Chanceler Imperial (Daijokan), e o Conselheiro Imperial (Kanpaku). Também é membro do Kuge o Generalíssimo (Xogun), que tem um poder muito próximo ao do próprio imperador, algumas vezes até superando-o. Pois ele é o responsável por toda a força militar do Império, e o Exército Imperial está sob seu comando, mas mesmo o Xogun é vassalo do Imperador.

Ainda parte do Kuge, mas diretamente abaixo da Corte Imperial, estão os Daimyos dos Grandes Clãs que possuem grandes territórios e várias outras famílias nobres sob seu comando. Daimyos de clãs menores, embora tecnicamente o mesmo patamar de Daimyos da Clãs Maiores, possuem menores controles territoriais e exércitos menores, fazendo-os efetivamente inferiores aos senhores dos Grandes Clãs. O aspecto de igualdade de poder entre os dois tipos de daymio sendo nada mais que cortesia, ou mera formalidade.
 
Existem também os Daimyos de famílias, que estão abaixo dos daimyos de clãs, novamente, um senhor de uma família de um grande clã tem mais importância efetiva que um senhor de família de um clã menor.
 
Os menores membros dos Kuge são os familiares diretos dos Senhores de famílias, enquanto muitos samurais tem permissão em usar o nome de uma casa nobre, apenas alguns são membros efetivos dos Kuge – sua linhagem estando diretamente relacionada com os fundadores da família. O restante tem status de servos, compreendendo o Buke.

Existem duas exceções notáveis. A primeira delas são os membros de famílias de clãs menores, mesmo os diretamente relacionados tem o status de Buke, não Kuge. A outra exceção são os Kobayakawa. que apesar de Kobayakawa ter sido um ronin, teve seu status e o status de sua família direta elevados para Kuge. O restante dos Kobayakawa – e as demais famílias vassalas deles – não podem galgar mais que os Buke, quando muito.

Buke

A maioria dos samurais são Buke. Buke são samurais que não possuem  terras ou títulos, mas servem a uma grande casa. Samurais em serviço de uma casa geralmente tem permissão para usar o nome da casa. Enquanto existem poucos samurais com laços de sangue com os Kurô originais, milhares de buke usam o nome Kurô. Apesar de que algumas famílias vassalas manterem seus nomes originais, é considerado indelicado e desleal usar este nome em favor ao seu senhor quando interagindo com outros de fora de seu Clã, na melhor das hipóteses ele pode usar o nome da família vassala em segundo plano com o nome da grande família. Por exemplo, Ashika Shinara é vassala da família Kurô, iria se referir como Kurô Shinara, ou Kurô Shinara da casa Ashika, quando interagindo com aqueles de fora de seu clã.
 
Os buke mais proeminentes são aqueles que servem como burocratas ou do corpo militar, incluindo governadores provinciais (Chiji), oficiais (Yakunins), conselheiros honoráveis (Hatamoto), prefeitos (Jitôs), conselheiros de um senhor (Karô), Haidaikans e Magistrados provinciais (Daikan) primariamente guerreiros e cortesãos experientes que mereceram suas posições. Filhos não primogênitos de casas nobres são buke por padrão, já que eles não possuem herança e não servem a nenhum propósito direto, eles devem provar merecer os mesmo privilégios que seus irmãos mais velhos. Samurais que são soldados comuns fazem parte do restante do buke, muitos deles são quase samurais (Ji-Samurai), membros de famílias vassalas que ainda não provaram merecer o nome de uma grande família. A maioria desses samurais são muito ambiciosos. 
 
Finalmente, senhores das grandes famílias Kobayakawa, são membros do Buke, com status tão importante quanto os de Jitô ou Chiji, seus familiares diretos conseguem ser considerados como ji-samurai.

Ronin

Ronin também são incluídos nos Ji-Samurai, que são samurais que, por deslize, nascimento ou circunstância não serve a nenhum senhor e são samurais sem mestre, um fenômeno que geralmente invoca desconfiança e repulsa entre verdadeiros samurais. Enquanto os Ronin não possuem um lugar real na sociedade, eles são samurai e devem ser tratados como tal. Como resultado, muitos Tazaiani não sabem como lidar com eles. Muitos samurais acham que eles são lembretes ofensivos do preço do fracasso. Camponeses os consideram perigosos, cartas selvagens que não respondem a ninguém e que podem desencadear terrível violência sem aviso. Ironicamente, um ronin é quase sempre forçado a uma vida de mercenário ou banditismo. Como samurais, fazer trabalho mundano seria abaixo de sua posição, uma violação da Ordem Celestial. Então a honra os compele a viver uma vida como  cabe ao seu status, como guerreiros. Alguns samurais farão qualquer coisa para que ronins sejam acusados de alguns crime, assim sendo executados e esquecidos, outros os veem como ferramentas úteis, mercenários dispensáveis que podem ser usados em trabalhos muito arriscados para se arriscar um servo leal.

Ashigaru

O menor patamar dos membros do buke são os ashigaru, ou soldados de carreira.  Tecnicamente camponeses, eles possuem treinamento muito melhor do que um camponês ou trabalhador ordinário. Enquanto dificilmente comparáveis a samurai sobre qualquer aspecto da imaginação, ashigaru são guerreiros peritos de seu próprio estilo. Muitas famílias ashigaru serviram seus senhores por gerações, e possuem uma lealdade inabalável como a de um samurai.  Muitas casas têm várias famílias de ashigaru hereditárias, servindo como guardas, guardas de magistrados (doshin) e batedores durante tempos de paz.
 
Novamente, um detalhe interessante, sendo originalmente todos camponeses guerreiros (budokas) o clã Kobayakawa, em sua maioria, ainda são compostos de budokas leais, estes budokas Kobayakawa, no entanto, podem ser tão mortais em combate como quaisquer outros samurais como provaram em sua rebelião que deu origem ao clã.

Os outros 3 grupos da ordem celestial eu descreverei em outros posts. 

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