Ryuu Tazai é uma terra com
diferenças bem acentuadas de Aester, seus costumes, tradições e cultura forma
moldados por fatores e realidades bem distintas do ocidente Aesteriano, e por
isso merece um destaque maior ao se falar sobre seus costumes e cultura. Este
artigo começa por lançar uma luz na ordem social de Ryuu Tazai, também
conhecido como a Ordem Celestial.
A Ordem Celestial é fortemente
baseada nos ensinamentos de Zonghi, um sábio andarilho que atingiu a
iluminação. Segundo seus ensinamentos, todas as almas têm o seu lugar, e a
humanidade deve seguir o exemplo dos deuses, pois os homens são reflexos dos
corpos celestiais. Aqueles que desafiam o Ordem Celestial envergonham e
corrompem o propósito de sua existência, não apenas se tornando uma alma sem
honra, mas arriscam reencarnarem como alguém inferior.
Existem 4 grupos distintos de
pessoas na Ordem, os samurais, os camponeses, os artesãos e os comerciantes.
Samurais
Das castas sociais de Ryuu Tazai,
não se pode subir mais do que a casta samurai. O símbolo do samurai é seu
Daisho, as duas espadas – a espada longa chamada de Katana e a espada curta , a Wakizahi. Apenas um verdadeiro samurai pode
portar essas armas, qualquer outro indivíduo visto usando este armamento, ou
mesmo o tocando está arriscando sua própria vida. Todos os membros da casta samurai tem o direito a
um julgamento caso uma acusação seja feita por outro samurai. Se a acusação é
feito por um membro da casta inferior ela é simplesmente ignorada, a não ser
que o samurai queira responder por ela. Em contrapartida, se um membro de uma
casta inferior ofende um samurai de alguma maneira, o samurai tem direito a
julgar e executar uma punição por esta ofensa como ele achar necessário. Isso
não significa que o samurai pode fazer qualquer coisa, todo o samurai responde
a um Daimyo que é seu senhor, e tem que obedecer a suas ordens sem pensar duas
vezes, sob risco de grande desonra, execução ou até mesmo ser forçado a cometer
seppuku – o suicídio ritual. Da mesma forma, se um samurai assassina um
camponês, ele pode sofrer punições, pois aquele camponês pode servir a um
daimyo e, com sua morte, a produção desse senhor estará prejudicada e ele
poderá ter dificuldades em alimentar suas tropas. Efetivamente neste caso, o
samurai cometeu um crime contra outro samurai, embora que indiretamente.
A casta samurai é muito mais
complexa do que parece, apesar da maioria dos samurais serem guerreiros
(Bushi), nem todos o são, um samurai pode ser um shugenja – que é um sacerdote
dos elementos, podem ser cortesãos – versados nos caminhos da corte e da
palavra (Teishin) e artesãos – samurais que descobriram o caminho da expressão
artística (Shokunin). Estes outros tipos não são versados no combate como seus
iguais guerreiros, mas são tão importantes para o império como qualquer outro.
A Casta samurai possui camadas,
apresentadas abaixo:
O Imperador
Tecnicamente um samurai, o
imperador na realidade existe acima do sistema de castas, sua posição a mais
alta possível não podendo ser igualada, considerado um deus vivo entre mortais.
Ele é dono de todas as terras do Império, e permite para aqueles que lhe juram
lealdade o direito de gerenciá-las.
Àqueles que gerenciam as terras devem pagar
taxas anuais, coletados pelos Kaikeis imperiais. O imperador também controla a
religião Tazaiani, efetivamente sendo ele a voz dos céus, por isso o título –
“O Filho dos Céus”. Apesar dos costumes,
leis e tradições definirem Ryuu-Tazai, o imperador é árbitro final dessas
coisas.
Qualquer comando que o imperador
faz, é considerado Lei Imperial. Naturalmente, muitos imperadores usam o poder
com cuidado para evitar se contradizerem e prejudicar a fé que seus seguidores
depositam nele. Os Grandes Magistrados (Haidaikans) fazem valer as leis do
Imperador, e o Exército Imperial serve como força de combate pessoal dele.
Aqueles que desafiam o Imperador enfrentam a fúria dos Haidakans e do Exército
Imperial, se não de toda Ryuu-Tazai.
Claro que nem sempre o imperador
teve poder absoluto, já houve na história de Ryuu Tazai tempos em que a posição
do imperador era apenas figurativa, o poder verdadeiro estando nas mãos do
Xogum, ou do Campeão Supremo (Saiko Haidaikan), mas isso é muito raro, se não
único na história do império, providencia que foi tomada apenas quando o
imperador não era capaz o bastante de realizar seu ofício. Mesmo assim, o
Imperador ainda era o poder absoluto no Império, ele só escolheu que outros
exercessem o poder por ele.
O último Imperador de Ryuu Tazai
foi Teikami Higaiuchi, que morreu num terrível incêndio do Palácio Imperial.
Correntemente, o Imperador é Teikami Makoto, um garoto de 5 anos.
Kuge
Kuge são membros de elite da
casta samurai, sua nobreza reforçada com cargos poderosos no governo. Os
Senhores (Daimyo) das famílias imperiais, o Saiko Haidakan, o Campeão
Espiritual (Shikken), o Chanceler Imperial (Daijokan), e o Conselheiro Imperial
(Kanpaku). Também é membro do Kuge o Generalíssimo (Xogun), que tem um poder
muito próximo ao do próprio imperador, algumas vezes até superando-o. Pois ele
é o responsável por toda a força militar do Império, e o Exército Imperial está
sob seu comando, mas mesmo o Xogun é vassalo do Imperador.
Ainda parte do Kuge, mas
diretamente abaixo da Corte Imperial, estão os Daimyos dos Grandes Clãs que
possuem grandes territórios e várias outras famílias nobres sob seu comando.
Daimyos de clãs menores, embora tecnicamente o mesmo patamar de Daimyos da Clãs
Maiores, possuem menores controles territoriais e exércitos menores, fazendo-os
efetivamente inferiores aos senhores dos Grandes Clãs. O aspecto de igualdade
de poder entre os dois tipos de daymio sendo nada mais que cortesia, ou mera
formalidade.
Existem também os Daimyos de
famílias, que estão abaixo dos daimyos de clãs, novamente, um senhor de uma
família de um grande clã tem mais importância efetiva que um senhor de família
de um clã menor.
Os menores membros dos Kuge são
os familiares diretos dos Senhores de famílias, enquanto muitos samurais tem
permissão em usar o nome de uma casa nobre, apenas alguns são membros efetivos
dos Kuge – sua linhagem estando diretamente relacionada com os fundadores da
família. O restante tem status de servos, compreendendo o Buke.
Existem duas exceções notáveis. A
primeira delas são os membros de famílias de clãs menores, mesmo os diretamente
relacionados tem o status de Buke, não Kuge. A outra exceção são os
Kobayakawa. que apesar de Kobayakawa ter sido um ronin, teve seu
status e o status de sua família direta elevados para Kuge. O restante dos
Kobayakawa – e as demais famílias vassalas deles – não podem galgar mais que os
Buke, quando muito.
Buke
A maioria dos samurais são Buke.
Buke são samurais que não possuem terras
ou títulos, mas servem a uma grande casa. Samurais em serviço de uma casa
geralmente tem permissão para usar o nome da casa. Enquanto existem poucos
samurais com laços de sangue com os Kurô originais, milhares de buke usam o
nome Kurô. Apesar de que algumas famílias vassalas manterem seus nomes
originais, é considerado indelicado e desleal usar este nome em favor ao seu
senhor quando interagindo com outros de fora de seu Clã, na melhor das
hipóteses ele pode usar o nome da família vassala em segundo plano com o nome
da grande família. Por exemplo, Ashika Shinara é vassala da família Kurô, iria
se referir como Kurô Shinara, ou Kurô Shinara da casa Ashika, quando
interagindo com aqueles de fora de seu clã.
Os buke mais proeminentes são
aqueles que servem como burocratas ou do corpo militar, incluindo governadores
provinciais (Chiji), oficiais (Yakunins), conselheiros honoráveis (Hatamoto),
prefeitos (Jitôs), conselheiros de um senhor (Karô), Haidaikans e Magistrados
provinciais (Daikan) primariamente guerreiros e cortesãos experientes que
mereceram suas posições. Filhos não primogênitos de casas nobres são buke por
padrão, já que eles não possuem herança e não servem a nenhum propósito direto,
eles devem provar merecer os mesmo privilégios que seus irmãos mais velhos.
Samurais que são soldados comuns fazem parte do restante do buke, muitos deles
são quase samurais (Ji-Samurai), membros de famílias vassalas que ainda não provaram
merecer o nome de uma grande família. A maioria desses samurais são muito
ambiciosos.
Finalmente, senhores das grandes
famílias Kobayakawa, são membros do Buke, com status tão importante quanto os
de Jitô ou Chiji, seus familiares diretos conseguem ser considerados como
ji-samurai.
Ronin
Ronin também são incluídos nos
Ji-Samurai, que são samurais que, por deslize, nascimento ou circunstância não
serve a nenhum senhor e são samurais sem mestre, um fenômeno que geralmente
invoca desconfiança e repulsa entre verdadeiros samurais. Enquanto os Ronin não
possuem um lugar real na sociedade, eles são samurai e devem ser tratados como
tal. Como resultado, muitos Tazaiani não sabem como lidar com eles. Muitos
samurais acham que eles são lembretes ofensivos do preço do fracasso.
Camponeses os consideram perigosos, cartas selvagens que não respondem a
ninguém e que podem desencadear terrível violência sem aviso. Ironicamente, um
ronin é quase sempre forçado a uma vida de mercenário ou banditismo. Como
samurais, fazer trabalho mundano seria abaixo de sua posição, uma violação da
Ordem Celestial. Então a honra os compele a viver uma vida como cabe ao seu status, como guerreiros. Alguns
samurais farão qualquer coisa para que ronins sejam acusados de alguns crime,
assim sendo executados e esquecidos, outros os veem como ferramentas úteis,
mercenários dispensáveis que podem ser usados em trabalhos muito arriscados para
se arriscar um servo leal.
Ashigaru
O menor patamar dos membros do
buke são os ashigaru, ou soldados de carreira.
Tecnicamente camponeses, eles possuem treinamento muito melhor do que um
camponês ou trabalhador ordinário. Enquanto dificilmente comparáveis a samurai
sobre qualquer aspecto da imaginação, ashigaru são guerreiros peritos de seu
próprio estilo. Muitas famílias ashigaru serviram seus senhores por gerações, e
possuem uma lealdade inabalável como a de um samurai. Muitas casas têm várias famílias de ashigaru
hereditárias, servindo como guardas, guardas de magistrados (doshin) e
batedores durante tempos de paz.
Novamente, um detalhe
interessante, sendo originalmente todos camponeses guerreiros (budokas) o clã Kobayakawa, em sua
maioria, ainda são compostos de budokas leais, estes budokas Kobayakawa, no
entanto, podem ser tão mortais em combate como quaisquer outros samurais como
provaram em sua rebelião que deu origem ao clã.
Os outros 3 grupos da ordem
celestial eu descreverei em outros posts.
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