O termo “monge” em Aester remete a pessoas enclausuradas em templos e monastérios, é também usado, em culturas mais “atrasadas” para moradores de uma universidade. O termo monge também é atribuído com medo e admiração pelos membros da Ordem Luta da Canção que se intitulem monges pelo fato de aprenderem seu estilo de luta enclausurado nos monastérios da Canção. Porém, o termo mais comum para as pessoas que buscam a perfeição física e espiritual através da luta é Lutador Olímpico, graças ao antigo estilo de luta conhecido como Luta Olímpica. Uma terceira ordem existe nas margens de Erdéria, a chamada A Trilha dos Dois Caminhos, originária de Al-Hazad. Abaixo mais detalhes destas organizações:
Luta Olímpica
História: A Luta Olímpica é um estilo de luta muito antigo que tem sua origem em Atlas e se espalhou por Aester com o domínio de mais de 1000 anos de Ypérus no continente. No período da Era Áurea, a filosofia e a disciplina da Luta Olímpica havia se diluído a ponto de que não passava apenas de um esporte praticado nos Jogos Olímpicos. Mas após A Tempestade, seus praticantes remanescentes resolveram voltar à disciplina física e mental da Velha Luta. Hoje a Luta Olímpica é um estilo marcial que se exige muita disciplina e estudo, tanto prático quanto teórico, e é marcado por movimentos de chaves, arremessos e imobilizações, usando socos e chutes apenas com o objetivo de derrubar o inimigo e dominá-lo no chão.
Objetivo: O objetivo da Luta Olímpica é ensinar a Velha Luta em seu estado mais puro, mas sem deixar de lado as inovações que seguem as regras da luta, tanto é que a prova final para um praticante ganhar o título de Doctore (quando ele é considerado experiente o bastante para começar a lecionar) é inventar um novo golpe que aprimore a prática da Velha Luta.
Filiação: Qualquer pessoa pode fazer o teste de iniciação, mas só quem passa no teste que tem a permissão de começar a treinar. O teste de iniciação consiste numa luta contra um estudante da Velha Luta, perdendo ou ganhando, é feita várias perguntas ao aplicante sobre filosofia, arte, astronomia e religião, em seguida o aplicante é dispensado e só saberá se foi aceito na semana seguinte, quando o Doctore juntamente com seus estudantes vai buscar o aplicante em casa onde ele recebe a toga de treino e o cinturão.
Sede: Coliseu Olímpico, em Capitânia - Galei e Escola Olímpica em Kristhor.
Metodologia: A Luta Olímpica é uma forma de vida para seus praticantes e eles tentam demonstrar esta filosofia por onde passam, buscam sempre aplacar desordem e combater a injustiça e a indisciplina tentando convencer as pessoas que a praticam a mudar de vida aplicando sermões nelas, mesmo que seja preciso imobilizá-las com um mata-leão para elas ouvirem! Se a conversão e a razão não tem espaço eles usam de força letal para incapacitar aqueles que não possuem o Espírito Olímpico. Uma vez por ano eles promovem os Jogos Olímpicos juntamente com os sacerdotes de Herácles e Zeos, os jogos olímpicos são sempre realizados no Coliseu Olímpico, em Galei, onde pessoas de todas as regiões vêem participar.
Aliados: A Luta Olímpica possui muitos aliados, entre eles o Templo de Herácles, Templo de Zeos, a Irmandade dos Atletas e a Escola Olímpica de Irine, que apesar da rivalidade e o conflito de filosofias entre as duas, eles acabam por se unir para praticar uma boa luta.
Inimigos: A Ordem da Luta da Canção é o mais próximo que a Luta Olímpica possui como inimigo, pois a Luta Olímpica não aprova uma visão tão fundamentalista e anacrônica que o Ordem da Canção promove, além do estilo de luta ser considerado anti-esportivo, mas eles nunca chegaram ao ponto de guerra aberta.
Ordem da Luta da Canção
História: A Ordem da Luta da Canção foi fundada recentemente em, 2393AV, pelo ex-Doctore da Luta Olímpica, Alemano Ópus que foi convertido pela Canção de Coro e iniciou um novo estilo de luta para melhor espalhar a Canção, e nomeou o estilo de Luta da Canção. Logo ele conseguiu um monastério e estudantes que se aplicaram exaustivamente ao novo método. Diferente da Luta Olímpica, a Luta da Canção se vale bastante de chutes e socos distribuídos em pontos vitais em complemento aos tradicionais arremessos e imobilizações.
Objetivo: Subjugar aqueles que não querem ouvir a canção e espalhar a Canção através do exemplo. Um praticante da Luta da Canção busca abrir os olhos das comunidades por onde passam sobre os malefícios das praticas tecnomantes e como o mundo pode ser melhor apenas através da resignação aos deuses e aproveitamento da natureza. Eles o fazem realizando feitos espetaculares de força física e atletismo, como quebrar paredes com as mãos, saltos impressionantes seguidos de chutes capazes de quebrar uma porta e outros feitos de força, agilidade e resistência.
Filiação: O interessado em se unir a Ordem basta aceitar a canção, uma vez disposto em aceitá-la, o aplicante é levado ao Monastério da Luta da Canção onde ele é exaustivamente doutrinado nas palavras da Canção ao mesmo tempo em que é sujeito a provas duríssimas de resistência. Falhando nas provas de resistência, mas aceitando a canção ele pode escolher ficar no monastério e viver como um monge não praticante, ou ir embora e espalhar a Canção. Passando nas provas de resistência, mas falhando em aceitar a canção o aplicante é exilado para fora do monastério e precisa buscar por sobreviver por sua própria conta, tendo seu nome marcado e enviado aos inquisidores como potencial inimigo da Canção. Passando em ambos os testes, ele é chamado de irmão e passa a ser um monge da Luta da Canção.
Sede: Monastério da Luta da Canção, em Coro.
Metodologia: Demonstrar que o caminho da Canção é superior aos outros através de demonstrações de força, agilidade e resistência. Os monges da Luta da Canção nunca faltam aos Jogos Olímpicos e já são campeões por três vezes consecutivas.
Aliados: A Ordem da Canção
Inimigos: Os membros da Luta Olímpica que o acusam de serem anti-esportivos nos jogos, além da Aliança Tecnomante, A Irmandade da Pólvora e A Caravana Áurea.
A Trilha dos Dois Caminhos
História: Fundada em Al-Hazad em 1844AV, a Trilha dos Dois Caminhos é um dos mais antigos estilos de luta em Aester e também a mais original. Seu fundador, Jachim, era um ex-membro de um grupo de cultistas do deus Haxis conhecidos como Haxassin que, arrependido pelos seus crimes passados se voltou para a glória do Criador e se tornou um membro da Igreja Dualista. Foi por acaso que ele desenvolveu um estilo de luta próprio, quando um jovem pediu que ele o ensinasse a se defender para que ele pudesse vencer uns bandidos que ameaçavam sua família. Jachim então começou a desenvolver uma técnica própria, derivada do estilo letal de luta dos Haxassin, mas sem o uso de veneno e de técnicas covardes. Nasceu aí a trilha dos dois caminhos, um estilo de luta tão letal quanto a técnica Haxassin, mas que dá uma chance ao oponente de se arrepender e desistir.
Objetivo: A Trilha dos Dois Caminhos tem como objetivo fazer com que o estudante conheça seus limites e supere-os, que saiba que tem nas mãos o poder de criar e destruir, e manter a disciplina de nunca pender para nenhum dos lados, vivendo em harmonia com o mundo e consigo mesmo. Um praticante sempre busca ajudar necessitados e nunca recusa um pedido legítimo de ajuda. Deve lutar pelo equilíbrio, se encontrar pessoas acomodadas, criar instabilidade para que elas possam se superar e se fortalecer, se encontrar pessoas vivendo em dificuldades deve buscar estabilidade para que elas possam se recolocar num rumo produtivo, mas nunca fazer o que faz com o mal ou interesse no coração.
Filiação: Geralmente os estudantes são candidatos de origem humilde, ou passando por dificuldades como fugitivos, vagabundos, miseráveis ou escravos, bastando ter a vontade de aprender e mudar de vida.
Metodologia: A trilha dos Dois Caminhos é um estilo de luta de auto defesa, começando com golpes desmoralizantes e incapacitantes, para dar uma chance ao oponente perceber que é inútil lutar, e desistir do assalto, esta etapa é conhecida como Caminho do Criador. A outra etapa troca os golpes de alerta por golpes letais que visa retirar a vida rápida e eficientemente do oponente, este momento é conhecido como Caminho da Entropia. Por ser uma técnica letal e por dar grande poder a seus praticantes, é ensinado que o praticante nunca deve iniciar uma briga e tentar ao máximo evitar uma. Mesmo assim, se a violência for necessária começar usando o Caminho do Criador, pois o caminho da entropia deve ser reservado apenas para os incorrigíveis e verdadeiros vilões.
Aliados: A Igreja Dualista
Inimigos: Haxassin, Igreja Entrópica.
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