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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Região da Vela: Os arredores de Ancoradouro do Norte.

Região da Vela: Os arredores de Ancoradouro do Norte. 

Antes da intervenção do Barão Dromond na Região da Vela, Ancoradouro era apenas mais uma das curiosas regiões consideradas perigosas do local. Ancoradouro do Norte agora prospera como ponto de civilização em meio a selvageria, e isso não é mero por dizer, já que mesmo os arredores imediatas da cidade guardam grandes perigos.
Deserto do Norte: 
Não há muita vida no Deserto do Norte, e a que há é faminta por qualquer coisa que se mova.

Também conhecido como Deserto de Vidro este deserto cobre todo o norte da região da vela, deixando o território semiárido e estéril. O nome deserto de vidro vem do fato de muitas pedras semelhantes a vidro serem encontradas na superfície, essas pedras são Trinitinas e são cristalinas e ligeiramente esverdeadas. Trinitinas negras e vermelhas também podem ser encontradas, mas são raras e valiosas. A Trinitina da morte é relativamente comum, sendo cristalina, mas salpicada de vermelho e branco, dizem que são pedaços solidificados de uma mistura de restos mortais, areia e aço. O deserto é cheio de perigos naturais, água pura é escassa, embora não seja difícil encontrar riachos e lagos, mas nenhum deles é potável. Algumas plantas e animais vivem perto deles, mas elas se alimentam do veneno que esta água se tornou, adicionando ainda este fator ao perigo do consumo. A areia do deserto de vidro é misturada com cascalho e é ligeiramente mais grossa na superfície. O que faz com que as tempestades de areia deste local sejam particularmente perigosas. É possível encontrar muitos bancos de gases venenosos, alguns deles escapam de sua área habitual e podem fazer vítimas antes de se dissolverem no ar, por isso que os viajantes costumam proteger olhos, boca e nariz na travessia. Além dos perigos naturais, o deserto é cheio de criaturas deformadas que se adaptaram a este clima hostil. Muito poucos humanoides existem no local, mas puks começam a se proliferar no local e estranhamente conseguiram uma forma de se aliar aos infames escorpiões da região.

Bosque dos Trolls: 
Lamias são um perigo real
no Bosque dos Trolls.

Esta área já foi dominada por uma verdejante floresta que subia os penhascos e colinas da região, mas hoje não possui muitas árvores, e nem sequer muitos trolls. Porém o nome persiste por costume dos nativos e para dar uma boa ideia aos viajantes de que a região é perigosa. Atualmente o "bosque" é um prado semiárido onde ogros e gigantes das colinas podem ser encontrados caminhando em busca de comida ou de vítimas despreparadas, competindo com outros predadores que se adaptaram ou migraram para a região. Também se ouviu dizer que alguns clãs destes terríveis gigantes se formaram na região sob o comando de lâmias. Algumas comunidades isoladas existem no Bosque dos Trolls, mas são muito pequenas ou temporárias para se importar com seus nomes, essas comunidades "nômades" se aproveitam da conexão que a região faz com Galei continental para lucrarem como guias, venda de suprimentos ou roubo puro e simples. Quanto aos trolls, a maioria deles se debandaram para regiões mais florestadas, ou continuam resistindo firmes nas poucas concentrações florestais que resistiram a desertificação. O imenso prado rochoso e pontuado de colinas guarda segredos de tempos antigos debaixo de seu tapete de grama alta e pedregulhos que ainda está para ser explorado.

 Forte Blazone: 
Interior do Forte Blazone.

No platô mais alto do Penhasco Rasto da Serpente, existe um forte de tempos antigos que resistiu praticamente intacto desde a Era Áurea. Existia uma estrada que levava ao lendário forte, mas uma avalanche a soterrou, diziam que existia outra passagem pelo alto, na subida do rasto da serpente, mas este também não é mais possível devido a destruição da ponte que dizem que algum dia existiu lá. Para piorar a situação, o forte é hoje conhecido por ser a morada de vários monstros, entre eles gigantes das colinas, ogros, bugbears, lâmias e trolls. Dizem que em seus bunkeres mais profundos também existem os mortos sem descanso de uma era esquecida e até mesmo a morada de um dragão. Quem quer que se aventure a realizar a perigosa subida até o forte, desbravar seus muitos subníveis e enfrentar seus monstruosos habitantes está correndo o sério risco de uma morte cruel e rápida, ou um destino ainda pior. Para aqueles que, eventualmente, conseguirem sair de lá com vida, podem ter a sorte de obterem riquezas inimagináveis de um mundo que não existe mais.

Penhasco Rasto da Serpente:
As ruínas dos trilhos nos penhascos acima permitiram
a construção da estrada abaixo, mesmo assim, a queda
até o mar é longa e mortal.

O caminho que liga a Região da Vela até Galei continental é mercado por um terreno acidentado, pedregoso e traiçoeiro. É possível se encontrar varias falhas geológicas por lá, mas nenhuma chama mais atenção que o íngreme e longo penhasco conhecido como Rasto da Serpente. O nome se dá devido a uma curiosa estrada metálica que cobre toda a extensão do penhasco em seu cume. Os locais acreditavam que a estrada era obra de gigantes, ou mesmo o rastro de uma terrível serpente de metal. Porém, estudiosos da Era Áurea e viajantes que partem de Capitânea dizem que aquilo nada mais é do que os resquícios de uma estrada de ferro do Ferrocomboio que ligava Capitânea à Região da Vela. Poucos, no entanto, tem certeza qual era o destino original da trilha, mas qualquer que tenha sido, a chamativa marca foi muito importante como ponto de referência para a construção da estrada que liga as duas regiões nos dias de hoje. 

Cidade Miasma: 
Nenhum ser vivo existe na Cidade Miasma, e ninguém sobrevive
ao seu ar tóxico, então o que vive ali?

Dos pontos de referência em volta do Ancoradouro do Norte, a Cidade Miasma é o mais próximo - apenas alguns quilômetros de distância - e também um dos que guardam o mais alarmante dos perigos. Para quem observa a Cidade Miasma à distância e força seus olhos para observar o que há dentro da densa névoa que encobre o local, consegue observar o que parecem ser ruínas do que foi uma grande cidade. Porém, aqueles que decidem adentrar as névoas do local são dominados pelo pânico quando nota que o ar do local é extremamente tóxico e irrespirável. Àqueles que conseguiram sair rapidamente evitando o sufocamento, em poucos dias morrem com sintomas horríveis de envenenamento, vomitando e defecando seus órgãos liquefeitos. Por causa disso, ninguém nunca explorou uma ruína sequer da amaldiçoada cidade, para piorar, alguns terríveis chiados e gritos que ocasionalmente são ouvidos de lá, trazem histórias de que a Cidade seja habitada por horrores capazes de viver em um ambiente em que nada mais pode. Somando isso à profana névoa venenosa, todos concordam que qualquer riqueza e conhecimento que lá possa ser encontrado, não valeria a pena do esforço.

Atoleiros: 
Viver em Atoleiros pode ser sombrio...

Atoleiros é uma vasta região de charcos situada a leste de Ancoradouro do Norte, lugar de perigos ocultos e doenças. A região alagada não é conhecida totalmente e muitos mistérios estão escondidos nas suas entranhas. Atoleiros é também morada para várias pessoas, pessoas duras que se acostumaram ao ambiente hostil dos pântanos como alternativa a regiões mais hostis da vizinhança, como forma de defesa contra escravagistas e piratas e também para cultivo do Lírio Púrpuro, uma planta que cresce apenas na região, cujo óleo aromático é muito valorizado comercialmente e seu pigmento também é usado na tinturaria. O maior desses vilarejos é também chamado Atoleiros, e faz comércio tímido e indireto com outras cidades da região. Estranhamente, a população de pessoas da região anda diminuindo, alguns dizem que é resultado dos monstros do lugar, que se tornam mais ousados e capturam as pessoas que andam muito a fundo no pântano, outros atribuem às doenças do local, que finalmente devem estar cobrando seu preço, mas ninguém sabe exatamente o motivo da contínua e drástica redução populacional da área.